TERREMOTOS!


Na Antiguidade, eles eram considerados castigos divinos, e ainda hoje muita gente os vê como caprichos do planeta. No entanto, os terremotos constituem um fenômeno absolutamente natural e frequente. Enquanto você lê este texto, provavelmente vários deles estão ocorrendo em diferentes lugares do planeta. São 150 por hora, 3.600 por dia e 1.300.000 por ano.
Mas o que é exatamente um terremoto? Em poucas palavras, trata-se de um movimento brusco da Terra que libera certa energia acumulada.
Tendemos a pensar que nosso planeta é uma como uma esfera compacta e uniforme. Na verdade, a crosta terrestre é formada por várias camadas sobrepostas, denominadas placas tectônicas. A espessura de cada uma é de cerca de 70 quilômetros.
Estas camadas vão se “acomodando” ao longo de um processo que dura milhões de anos.
Seus movimentos lentos, imperceptíveis ao homem, nunca param. As placas, que flutuam como icebergs sobre um mar de magma, estão constantemente deslizando e colidindo umas contra as outras. Quando elas “travam”, geram uma tensão que vai acumulando energia. A liberação abrupta desta energia no momento em que a placa atinge seu limite de resistência produz o que chamamos de terremoto.

Ciência Os 10 maiores terremotos já registrados


SÃO PAULO – Na madrugada de quinta para sexta-feira, a costa do Japão foi atingida por um terremoto de 8,9 graus na escala Richter, um dos mais intensos tremores já registrados no mundo desde 1900.
Horas depois, durante a sexta-feira, três novos tremores de 6,2, 6,1 e 6,6 também abalaram o país, que também sofre com tsunamis – ondas gigantes que invadem a terra firme como resultado dos abalos em alto mar.
O epicentro da primeira atividade foi a costa próxima à província de Miyagi, a 373 quilômetros da capital Tóquio. Até agora, especula-se que haja mais de mil mortos.
Os terremotos ocorrem devido ao movimento das placas tectônicas do planeta. Este, registrado no Japão, deve entrar na lista dos mais violentos. Confira abaixo quais são, por enquanto, os 10 maiores terremotos já registrados* desde 1900.
1- 9.5 graus de Magnitude. Chile – 22 de Maio de 1960: 1.655 mortos, 3000 feridos, dois milhões de desabrigados e US$500 milhões de prejuízo ao país.
2- 9.2 graus de magnitude. Príncipe William, Alaska – 27 e 28 de março de 1964: 128 mortos (113 no tsunami e 15 no terremoto) e US$311 milhões em prejuízo.
3- 9.1 graus de magnitude. Costa Oeste do norte de Sumatra – 26 de dezembro de 2004: 227.898 mortos e 1,7 milhão de desabrigados no terremoto e tsunami que atingiu 14 países do sul da Ásia e leste da África.
4- 9.0 graus de magnitude. Península de Kamchatka, Rússia – 11 de abril de 1952:  gerou mais de US$1 milhão em prejuízos no Havaí.
5- 8.8 graus de Magnitude. Costa de Maule, Chile – 27 de fevereiro de 2010: pelo menos 521 mortos, 56 desaparecidos, 12 mil feridos, 800 mil desabrigados e 370 mil casas, 4.013 escolas e 79 hospitais danificados.
6- 8.8 graus de magnitude. Equador- 31 de janeiro de 1906 – entre 500 e 1500 mortos.
7- 8.7 graus de Magnitude. Alasca – 4 de fevereiro de 1965: causou prejuízos de US$10 mil.
8- 8.6 graus de magnitude. Norte de Sumatra, Indonésia – 28 de março de 2005: pelo menos 1400 mortos.
9- 8.6 graus de magnitude. Assam, Tibete – 15 de agosto de 1950: pelo menos 780 mortos e 70 vilas destruídas.
10-  8.6 graus de magnitude. Ilhas Andreanof, Alaska – 9 de março de 1957: abriu uma cratera de 4,5 metros e despertou um vulcão adormecido a 200 anos.
*Fonte: Serviço Geológico dos Estados Unidos.

Causas e efeitos dos abalos sísmicos


Tremores ou vibrações da superfície da crosta terrestre, de diferentes intensidades e variadas dimensões, vêm sacudindo nosso planeta há bilhões de anos. Suas causas, porém, permaneciam desconhecidas até a década de 1960. A partir dessa época, com a invenção dos sismógrafos - aparelhos capazes de registrar as ondas sísmicas ou sismos (movimentos súbitos ou tremores na Terra) -, foi possível dar início ao mapeamento de milhares de epicentros (pontos da superfície da Terra onde primeiramente chega uma onda sísmica). 

O mapeamento realizado pelos sismógrafos mostrou que os sismos ou terremotos se agrupam ao longo de determinadas regiões, cinturões bem definidos, marcando os limites da movimentação das placas tectônicas(movimentos ocorridos no interior da Terra e que podem dar origem, a depender da intensidade com que ocorrem, a grandes mudanças no relevo).

O movimento lento, mas constante, dessas placas faz com que ocorram tensões no subterrâneo do nosso planeta. Essas tensões se acumulam no leito rochoso durante muito tempo, até serem subitamente liberadas sob a forma de vibrações ou ondas sísmicas, que resultam em um terremoto.

Causas dos terremotos

Há três causas principais para a ocorrência de terremotos:

  • Desabamento: ocorrem por dissolução e deslizamento das massas rochosas e são causados pela força da gravidade, ocorrendo em regiões suscetíveis de dissolução dos terrenos, como as constituídas por rochas calcárias. Esses desabamentos produzem tremores bem localizados, de pequena importância.
  • Vulcanismo: nas regiões vulcânicas ocorrem terremotos produzidos por explosões internas, decorrentes do escape repentino de gases sob fortes pressões. Podem, ocasionalmente, ser intensos, como foi o terremoto associado ao vulcão Vesúvio no ano de 79 d. C., quando se sepultou a cidade de Pompéia. Mesmo sendo intensos, sua propagação é limitada, afetando apenas os arredores da área vulcânica.
  • Tectonismo: os terremotos mais importantes são os causados pelo tectonismo (movimento das placas tectônicas). Nesses casos, as vibrações podem ser sentidas, sem o auxílio de sismógrafos, a mais de 2 mil quilômetros do foco (do ponto de origem do terremoto). 

    Os sismos acontecem porque a camada mais externa da Terra, a litosfera, formada pelos primeiros 100 km de profundidade, é rígida e quebrada em diversos pedaços (placas tectônicas) que não estão parados, mas se movimentando uns em relação aos outros, como se fossem imensas lajotas que, volta e meia, tentam se encaixar. 

    Nos pontos onde essas placas se tocam ocorrem os maiores e mais freqüentes tremores. A causa desse movimento é a existência de forças geológicas no interior da Terra, cuja origem não é, ainda, bem conhecida. 

    Os grandes abalos ocorrem principalmente na região de encontro entre as placas, onde se localizam as falhas maiores, de escala continental. Uma falha é uma fratura, ao longo da qual houve um deslocamento dessas camadas ou placas tectônicas.

    Efeitos dos terremotos

    As vibrações sísmicas produzem efeitos mais danosos nas regiões cobertas por sedimentos pouco consolidados, muito embora as rochas duras conduzam as ondas com maior velocidade. Para entender esse fenômeno, basta imaginar um copo cheio de geléia que sofresse algum tipo de vibração. O vidro vibra com alta freqüência, mas as vibrações são imperceptíveis. Com relação à geléia, no entanto, a passagem das vibrações é facilmente visível. 

    Os terremotos geralmente não afetam a topografia (o desenho do relevo), a menos que o foco se situe muito perto da superfície ou que ela seja diretamente afetada pela falha responsável pelo abalo. Como exemplo famoso desse caso, podemos citar a falha de Santo André, na Califórnia (EUA), responsável pelos terremotos da cidade de São Francisco, que causam grandes deslocamentos no terreno, chegando a encurvar trilhos ferroviários e destruir centenas de casas.

    Terremotos que ocorrem sob o mar podem produzir tsunamis, maremotos que determinam a formação de ondas gigantes, que podem atingir de 20 a 30 metros de altura e que se deslocam com a velocidade de 700 km/hora.

    Muito embora a sismologia (estudo dos terremotos e da estrutura da Terra) esteja bastante adiantada, o homem ainda não descobriu uma maneira de prever os terremotos catastróficos. Muito interessante é a sensibilidade demonstrada por certos animais algumas horas antes das catástrofes: os pássaros param de cantar; o faisão canta de uma maneira diferente e os cães mostram-se medrosos, uivando constantemente.
  • Escala Richter

    Escala Richter A escala Richter é um sistema criado por dois americanos, a cerca de 70 anos para medir os movimentos sísmicos (ondas sísmicas) na Califórnia. Charles Richter, juntamente com seu colega Bueno Gutemberg desenvolveu o sistema que mede a potência de um tremor em um determinado lugar. A escala Richter é pontuada de um a nove. Cada grau corresponde a ondas dez vezes mais “fortes”, a uma potência 30 vezes superior. Assim, por exemplo, um terremoto de grau nove na escala Richter é 900 vezes mais potente que um tremor de grau sete. Um terremoto de menos de 3,5 graus é apenas registrado pelos sismógrafos. Um entre 3,5 e 5,4 já pode produzir danos. Um entre 5,5 e 6 provoca danos menores em edifícios bem construídos, mas pode causar maiores danos em outros. Já um terremoto entre 6,1 e 6,9 na escala Richter pode ser devastador numa zona de 100 km. Um entre sete e 7,9 pode causar sérios danos numa grande superfície. Os terremotos acima de oito podem provocar grandes danos em regiões


    Como ocorre o terremoto ? A terra é formada por camadas: a hidrosfera (de água) , a atmosfera (de gases) e a litosfera (de rochas). A lifosfera e a camada mais rigida da terra e divide-se em partes menores chamadas placas tectonicas. Essas tectônicas se movimentam lentamente, gerando um processo continuo de esforço e de formação nas grandes massas da rocha. Quando esse esforço espera o limite de resistência da rocha, faz com que ela rompa liberando parte da energia aculmulada sob forma de ondas elasticas, chamadas de ondas sísmicas. Essas ondas podem se espalhar em todas as direções fazendo a terra vibrar intensamente, ocasionando os terremotos.

    Terremoto



    Terremoto O Terremoto é um abalo violênto do solo que dura de um a dois minutos. O chão começa a tremer e provoca desmoronamento de casas, os móveis caem e os vidros das janelas quebram. Em casos mais violêntos os predios desmoronam e pontes são destruídas.

    A maior parte dos Terremotos ocorrem nas fronteiras

    A maior parte dos Terremotos ocorrem nas fronteiras entre placas tectonicas ou em falhas entre dois blocos rochosos. O comprimento de uma falha pode varias de alguns centimentros até milhares de quilomêtros, como é o caso da falha de San Andreas na Califórnia, Estados Unidos.